A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no mundo empresarial, trazendo diversas vantagens como a automatização de processos, tomada de decisões mais precisas e o aumento da eficiência.

Também é cada vez mais usada para produzir conteúdo (ver ferramenta ChatGPT e Bard AI), mas até recentemente a posição oficial do Google parecia ir no sentido de rejeitar esse tipo de conteúdo gerado por IA e foi assim que várias fontes de referência o entenderam.

Como tudo evolui, o Google publicou recentemente esclarecimentos em relação ao conteúdo gerado por IA.

Referências do SEJ (Search Engine Journal) a afirmar que o Google considerava que o conteúdo gerado por IA era webspam e ia contra as suas diretrizes para webmasters (1 e 2).

No entanto, numa publicação mais recente no seu blog para Webmasters (3), a empresa esclareceu que o uso de IA pode ser útil desde que o conteúdo criado seja de qualidade, acrescente valor para os utilizadores e não seja criado com o objetivo de manipular rankings de pesquisa (SEO).

É importante que as empresas tenham em mente estas diretrizes ao utilizar a IA nos seus processos de produção de conteúdos.

A nossa opinião

Apesar de parecer claro que o Google no passado não aceitava conteúdo escrito por IA, existem evidências de que o Google na realidade sempre aceitou conteúdo gerado por inteligência artificial desde que seja:

• Útil para o utilizador;
• Adaptado, i.e. revisto por um ser humano para evitar erros de síntese ou factuais;

Aqui ficam alguns prints e informação de Nov. 2022 por parte do Danny Sullivan do Google.

Esta informação está alinhada com as orientações disponíveis na Central de Pesquisa sobre as políticas de spam.

Citação direta:

Conteúdo automático com spam

O conteúdo automático com spam é criado de maneira programática sem produzir nada original nem adicionar valor suficiente. Em vez disso, ele é gerado com o objetivo principal de manipular as classificações de pesquisa, e não de ajudar os usuários. Exemplos de conteúdo automático com spam:

• Texto que não faz sentido para o leitor, mas contém palavras-chave de pesquisa
• Texto traduzido por uma ferramenta automática sem revisão humana antes da publicação
• Texto gerado com processos automatizados sem considerar a qualidade ou a experiência do usuário
• Texto criado com geração automática de sinônimos, paráfrases ou técnicas de ofuscação
• Texto gerado com base em cópias de feeds ou resultados da pesquisa
• Agrupamentos ou combinações de conteúdo de diversas páginas da Web sem adição significativa de valor

Ou seja, o Google já permitia que bom conteúdo gerado com recurso a IA fosse utilizado e na realidade, existem muitos casos práticos desse tipo de conteúdos estarem bem posicionados e rankearem muito bem para pesquisas com elevado grau de exigência.

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Fontes:

(1) https://searchengineland.com/google-ai-generated-content-spam-383454 

(2) https://www.searchenginejournal.com/google-says-ai-generated-content-is-against-guidelines/444916/

(3) https://developers.google.com/search/blog/2023/02/google-search-and-ai-content?hl=pt-br